PCC queima 68 ônibus em SP
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse no início da tarde que o governo federal descarta intervir para controlar os ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital) a alvos policiais e civis em São Paulo. Iniciados na noite de sexta-feira, os atos da facção criminosa já deixaram 74 mortos. Entre a noite de sexta e a madrugada de segunda, 13 agências bancárias foram atingidas, e 68 ônibus foram incendiados.
Das agências
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Thomaz Bastos, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse acreditar que as forças de segurança do governo de São Paulo têm condições de controlar a crise, mas voltou a oferecer ajuda.Segundo o ministro, trata-se de cooperação, não de intervenção. Ele vai a São Paulo para conversar pessoalmente com o governador Cláudio Lembo às 18h.
Bastos colocou 4.000 homens da Força Nacional de Segurança à disposição de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul --onde ocorreram rebeliões. O número pode chegar a 7.000, segundo a Justiça.
Alvos civis
A maior onda de ataques de que se tem notícia realizada pelo crime organizado em São Paulo entrou em seu terceiro dia atingindo também alvos civis. Já foram confirmadas mais de 150 ataques da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no Estado, com pelo menos 74 pessoas mortas entre policiais civis, militares, bombeiros, agentes penitenciários, civis inocentes e criminosos. Informações extra-oficiais elevam o número de mortos para 92 pessoas.
Durante a madrugada, ataques contra ônibus na capital forçaram as companhias de transporte público da cidade a não mandar seus carros para as ruas nesta segunda-feira. A decisão afetou duramente a população, em especial moradores das zonas Sul e Leste, que ficaram sem condução para o trabalho. Pelo menos 2,9 milhões de passageiros foram afetados.
Pelo menos seis das empresas de ônibus de São Paulo mantiveram seus veículos nos pátios para evitar depredações. Os criminosos já queimaram mais de 68 ônibus desde o início do levante, na última sexta-feira. Foram 44 ônibus na capital, e os demais no ABC e em Osasco. A maioria dos ônibus foi destruída na madrugada deste domingo para segunda.
Agências do Banco do Brasil, do Bradesco e da Caixa Econômica Federal foram alvos de tiros dos criminosos. Já duas agências do Itaú e outra do HSBC foram incendiadas.
Em Higienópolis, bairro de classe média-alta da região central da cidade, um carro da Polícia Civil foi metralhado no início da tarde. Quatro policiais estavam no veículo, e um deles foi atingido. Duas escolas da região -Rio Branco e Sion- mudaram sua rotina e criaram esquemas especiais de segurança.
A ação coordenada dos criminosos se estende por outras cidades do Estado, onde foram registrados ataques a policiais. A violência já ultrapassou as fronteiras do Estado. Foram registrados ataques também no Paraná, Mato Grosso do Sul e Bahia.
Reação do PCC
As ações, segundo o comando da segurança pública de São Paulo, são uma reação da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) à transferência de líderes da organização para a penitenciária 2 de Presidente Venceslau (a 620 km da capital), complexo de segurança máxima idealizado para abrigar os membros do PCC.
Entre os 765 detentos transferidos para o presídio está Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, considerado o principal chefe do grupo.
Na manhã desta segunda-feira, ainda havia 45 rebeliões em andamento em presídios e centros de detenção provisória (CDPs) no Estado de São Paulo, onde presos mantinham centenas de reféns, principalmente agentes penitenciários.
Por toda a cidade foram montados bloqueios da polícia, que procura por suspeitos de participação nas ações. Até o momento, foram presos 82 suspeitos.
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Das agências
antes de cada paragrafo, pois a quebra automatica foi desabilitada## -->
Thomaz Bastos, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse acreditar que as forças de segurança do governo de São Paulo têm condições de controlar a crise, mas voltou a oferecer ajuda.Segundo o ministro, trata-se de cooperação, não de intervenção. Ele vai a São Paulo para conversar pessoalmente com o governador Cláudio Lembo às 18h.
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A maior onda de ataques de que se tem notícia realizada pelo crime organizado em São Paulo entrou em seu terceiro dia atingindo também alvos civis. Já foram confirmadas mais de 150 ataques da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no Estado, com pelo menos 74 pessoas mortas entre policiais civis, militares, bombeiros, agentes penitenciários, civis inocentes e criminosos. Informações extra-oficiais elevam o número de mortos para 92 pessoas.
Durante a madrugada, ataques contra ônibus na capital forçaram as companhias de transporte público da cidade a não mandar seus carros para as ruas nesta segunda-feira. A decisão afetou duramente a população, em especial moradores das zonas Sul e Leste, que ficaram sem condução para o trabalho. Pelo menos 2,9 milhões de passageiros foram afetados.
Pelo menos seis das empresas de ônibus de São Paulo mantiveram seus veículos nos pátios para evitar depredações. Os criminosos já queimaram mais de 68 ônibus desde o início do levante, na última sexta-feira. Foram 44 ônibus na capital, e os demais no ABC e em Osasco. A maioria dos ônibus foi destruída na madrugada deste domingo para segunda.
Agências do Banco do Brasil, do Bradesco e da Caixa Econômica Federal foram alvos de tiros dos criminosos. Já duas agências do Itaú e outra do HSBC foram incendiadas.
Em Higienópolis, bairro de classe média-alta da região central da cidade, um carro da Polícia Civil foi metralhado no início da tarde. Quatro policiais estavam no veículo, e um deles foi atingido. Duas escolas da região -Rio Branco e Sion- mudaram sua rotina e criaram esquemas especiais de segurança.
A ação coordenada dos criminosos se estende por outras cidades do Estado, onde foram registrados ataques a policiais. A violência já ultrapassou as fronteiras do Estado. Foram registrados ataques também no Paraná, Mato Grosso do Sul e Bahia.
Reação do PCC
As ações, segundo o comando da segurança pública de São Paulo, são uma reação da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) à transferência de líderes da organização para a penitenciária 2 de Presidente Venceslau (a 620 km da capital), complexo de segurança máxima idealizado para abrigar os membros do PCC.
Entre os 765 detentos transferidos para o presídio está Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, considerado o principal chefe do grupo.
Na manhã desta segunda-feira, ainda havia 45 rebeliões em andamento em presídios e centros de detenção provisória (CDPs) no Estado de São Paulo, onde presos mantinham centenas de reféns, principalmente agentes penitenciários.
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