"FAZER O BEM FAZ BEM"

“Fazer o bem sem olhar a quem”. Essa frase, aparentemente, tão curta e simples é divulgada entre os homens há milhões de anos e muito repetida por todos. Não há dúvida que fazer o bem causa, em primeiro lugar, uma satisfação em quem faz a ação e isso é ponto comum entre místicos, filósofos, psicólogos e religiosos. Cada um deles enxerga de forma diferente as razões e conseqüências das boas ações, mas todos são unânimes em concordar que fazer o bem faz bem, sim! E fazer o bem não significa, em muitas vezes, receber algo em troca.

Para o budismo tibetano, a generosidade é a mais importante das seis perfeições que os seres humanos possuem, mas que precisam desenvolver. As outras cinco são: moralidade, paciência, vigor, concentração e sabedoria. Ao ser generoso, o indivíduo planta uma semente do bem, que vai crescer e dar muitos frutos no futuro. Há até uma corrente no mundo que chama isso de “Teoria da Reverberação”, que fala - mais ou menos - que o vento provocado pelo bater de asas de uma borboleta no Japão é capaz de provocar um tufão no ocidente. O que significa que uma ação reflete em outra, que reflete em outra, que reflete em outra...

Fica fácil entender a teoria quando ela é transportada para o cotidiano. Dizer uma palavra de carinho a um amigo pode torná-lo mais amável, o que vai fazer com que ele dê um abraço em sua esposa ao fim do dia, que pode fazer com que ela tenha mais paciência com seu filho, por exemplo. O grande desafio de todos é refletir se o sentimento agradável que se sente após fazer uma boa ação não passa apenas de orgulho que infla o amor próprio. Essa reflexão é necessária, pois – na maioria das vezes – a retribuição pode ser apenas um sorriso, um abraço ou um “obrigado”. O que não deixa de ser uma troca verdadeira, embora não tenha valor concreto.
Fazer o bem deve ser algo sem expectativas e com a única e exclusiva função de ajudar alguém.
E, para exercitar a bondade e contribuir para uma sociedade mais igualitária, sobretudo em um país com tantas divergências sociais como o Brasil, é preciso pouco, muito pouco. Um excelente começo é desenvolver a gentileza e a cidadania com tudo e todos ao redor. Não jogar lixo nas ruas, dar passagem no trânsito, economizar água, dizer “bom dia” para as pessoas no elevador, separar o lixo orgânico dos recicláveis. Ações tão simples, que fazem com que as grandes atitudes venham naturalmente. A partir daí, ficará mais fácil partir para as grandes causas.
O importante é lembrar: tem sempre alguém precisando de carinho e atenção. Começar só depende de você! (Arita Leader Training I)

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